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Emater-MG exporta modelo de assistência a produtores rurais para vários países
O modelo de assistência técnica e extensão rural oferecido aos produtores rurais em Minas Gerais está sendo exportado para várias partes do mundo. Além do projeto piloto, que está sendo implementado em São Tomé e Príncipe, na África, outros países também estão adotando os métodos brasileiros, como a Jamaica, no Caribe, e a Bolívia, na América do Sul. A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), pioneira no setor no país e com 60 anos de bons resultados, é uma das parceiras da Agência Brasileira de Cooperação Técnica (ABC) e do Ministério das Relações Exteriores em diversos convênios de troca de experiências.
O coordenador técnico regional da Emater-MG em Alfenas, Marcelo Martins (o 4º a partir da esq., na foto da página inicial), esteve no início do mês em La Paz, capital da Bolívia, para analisar os projetos de cooperação na área de assistência técnica. Marcelo explica que a empresa mineira irá apoiar os setores da cadeia produtiva de alimentos bolivianos, principalmente as culturas do milho, trigo, arroz e a soja. Uma das funções é fornecer insumos para os produtores e auxiliar na estabilidade do mercado interno de alimentos e na segurança alimentar, por meio do fortalecimento dos canais de comercialização.
O projeto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) na Bolívia tem duração prevista de 16 meses, com recursos do Governo brasileiro. Consiste em aprimorar os métodos de atuação em Ater da Empresa de Apoio à Produção de Alimentos (Emapa) e do Instituto Nacional de Innovacion Agropecuaria y Florestal (Iniaf), criados há menos de dois anos.
O coordenador destaca que os técnicos da Bolívia serão capacitados no Brasil. "Já existia o serviço de assistência aos produtores na Bolívia. Agora, nosso trabalho é aprimorar o modelo existente”, explica Marcelo Martins.
Já a engenheira de alimentos da Emater-MG, Laura de Castro, esteve em Kingston, capital da Jamaica, para fazer um diagnóstico do setor da agricultura do país. Segundo ela, 60% dos alimentos consumidos na região são importados. Laura diz que será feito um trabalho com produção e processamento de frutas importadas, como caju, goiaba, abacaxi e cajá-manga. "O país queria implementar esse projeto dentro de várias atividades. Foi preciso focar em uma para que fosse possível desenvolver um projeto piloto de assistência técnicas e extensão rural”, afirma Laura.
Uma das principais atividades econômicas na Jamaica é a fruticultura, além do cultivo de mandioca, criação de cabras e produção de arroz, esta ainda em fase inicial. A engenheira da Emater-MG explica que o projeto é dividido em quatro etapas: diagnóstico das frutas; realização de visitas técnicas dos extensionistas da Jamaica ao Brasil; capacitação, que será feita no Brasil; e vistoria de como o trabalho será executado no final do projeto. O tempo previsto de duração deste trabalho é de dois anos.
A empresa Rural Agricultural Development Authority (Rada) é a responsável pelo projeto na Jamaica. Os recursos financeiros são do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.