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Doações de cidadãos brasileiros são entregues em Moçambique
A campanha "Ajude Moçambique" , lançada pelo governo brasileiro por meio da Caixa Econômica Federal , com o apoio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e do Programa Mundial de Alimentos (PMA) , arrecadou, por meio de doações voluntárias, cerca de 97 mil dólares junto à sociedade brasileira. Os recursos têm o objetivo de apoiar o enfrentamento das consequências da passagem dos ciclones Idai e Kenneth pelo território moçambicano, nos últimos meses de março e abril.
Na manhã dessa quarta-feira (11/12), o embaixador do Brasil em Moçambique, Carlos Alfonso Iglesias Puente, visitou a diretora do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) , Augusta Maíta, responsável por coordenar a resposta aos efeitos dos ciclones Idai e Kenneth em Moçambique, para relatar os resultados da campanha. Participou do encontro, também, a representante do PMA em Maputo, Karin Manente.
A reunião permitiu, ainda, que o embaixador do Brasil e as representantes do INGC e do PMA acordassem sobre o efetivo emprego dos recursos angariados junto aos cidadãos brasileiros no atendimento dos cidadãos moçambicanos mais afetados pelos ciclones, que se dará por meio de um mecanismo de oferta de gêneros de primeira necessidade, pelo PMA, à população das áreas atingidas. Para tal, serão oferecidos "vouchers" para a aquisição de alimentos, remédios e materiais de higiene e limpeza, em mercados locais. Com isso, é possível garantir suprimentos básicos às pessoas que seguem em estado de necessidade e estimular o comércio e a economia das regiões atingidas por aquelas catástrofes naturais.
A "Operação Moçambique", como foi chamada a ação de resposta humanitária do governo brasileiro às catástrofes que assolaram o país africano, teve como objetivo apoiar os órgãos do governo de Moçambique e agências internacionais que atuaram nas atividades de salvamento, resgate e outras ações de caráter humanitário em decorrência da destruição causada pelos ciclones tropicais Idai e Kenneth que atingiram a costa central e norte de Moçambique.
Os fortes ventos do ciclone Idai, no mês de março, causaram graves inundações que levaram à morte de mais de 700 pessoas e afetaram outras centenas de milhares. Na sequência, em abril, ventos de 215 km/h do ciclone tropical Kenneth atingiram o norte de Moçambique e causaram cerca de 38 mortes. As autoridades evacuaram mais de 30.000 pessoas no caminho da tempestade.
Além da doação financeira realizada pela população brasileira por meio da campanha "Ajude Moçambique", a cooperação humanitária do País incluiu:
- Coordenação internacional de produção de mapas de busca e salvamento por meio do acesso às imagens da rede de 61 satélites da iniciativa humanitária "Carta Internacional – Espaço e Grandes Catástrofes" ;
- Doação de € 100.000,00 (cem mil euros) para apoiar os trabalhos de reconstrução moçambicana, por meio do Fundo Especial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP);
- Envio, à cidade de Beira, de 20 bombeiros militares da Força Nacional de Segurança Pública e de outros 20 do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais, com veículos, equipamentos e materiais, em duas aeronaves de transporte Hércules C-130 da Força Aérea Brasileira;
- Envio de 6 "kits" de medicamentos e insumos básicos de saúde, para prover assistência emergencial para 9 mil pessoas, por até um mês;
- Envio, à cidade de Pemba, de 24 bombeiros da Força Nacional de Segurança Pública e de outros 5 do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais.