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Doação do Brasil apoia alimentação escolar em São Tomé e Príncipe
O Programa Mundial de Alimentos (WFP) das Nações Unidas recebeu contribuição de US$ 100 mil dólares do Governo do Brasil para fornecer refeições nutritivas com alimentos orgânicos produzidos localmente a 6.700 crianças em idade escolar nos distritos mais afetados por desastres relacionados com o clima em São Tomé e Príncipe.
Desde abril de 2023, as crianças em idade escolar dos distritos de Lembá, Cantagalo e Lobata têm comido refeições mais diversificadas e nutritivas, provenientes de pequenos produtores locais, graças à contribuição do Governo brasileiro.
“Esta assistência oferece alimentação de qualidade e nutritiva para as crianças, no momento em que elas mais precisam. Também incentiva a produção local, pois todos os produtos são de agricultores locais e orgânicos, sem o uso de fertilizantes químicos e artificiais”, disse Pedro Luiz Dalcero, Embaixador do Brasil em São Tomé e Príncipe.
“Já tivemos um programa semelhante no Brasil no passado, uma experiência que nos inspirou a replicá-lo aqui em São Tomé e Príncipe. Fiquei muito feliz de vir aqui e ver estas crianças recebendo uma refeição de boa qualidade. E isso está gerando uma fonte regular de renda para os agricultores”, acrescentou o Embaixador Dalcero durante a entrega dos produtos na Creche São Quilêmbê, em Lobata.
Pequenos agricultores e crianças em idade escolar estavam entre os mais afetados pelas chuvas torrenciais em dezembro de 2021 e março de 2022. O impacto dos desastres relacionados ao clima foi ainda mais exacerbado pelos efeitos do conflito na Ucrânia, elevando o custo de vida em um país que é excessivamente dependente de importações de alimentos e fertilizantes. Para fortalecer a resiliência das comunidades em São Tomé e Príncipe, o WFP uniu forças com a Embaixada do Brasil e o Programa Nacional de Alimentação e Saúde Escolar (PNASE) de São Tomé e Príncipe com o objetivo de impulsionar a produção local de alimentos.
“Cerca de 95% dos alimentos consumidos nas escolas são-tomenses são importados e apenas 5% são adquiridos localmente. Este projeto-piloto pretende inverter essa tendência e já o estamos a verificar nas escolas abrangidas, onde 50% dos alimentos consumidos são agora de origem local”, disse Edna Peres, Encarregada do Escritório do WFP em São Tomé e Príncipe.
“_Este é um exemplo de sucesso que queremos replicar em outras escolas e distritos de São Tomé e Príncipe”, acrescentou Edna Peres.
A doação foi financiada pela Agência Brasileira de Cooperação do Itamaraty e viabilizada com apoio do Centro de Excelência contra a Fome do WFP no Brasil.