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Delegação da República do Congo conhece políticas brasileiras de alimentação escolar
Dezessete representantes do Governo da República do Congo se encontram em Brasília, entre os dias 10 e 14 de abril, a fim de conhecer o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), executado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), no âmbito de diversas políticas de agricultura familiar e de segurança alimentar e nutricional.
A Embaixadora Luiza Lopes, Diretora-Adjunta da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE), inaugurou as atividades da “Visita de Estudos”, em cerimônia realizada em 10 de abril, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. A iniciativa é coordenada pela ABC, em parceria com o FNDE e o Centro de Excelência contra a Fome, no Brasil, do Programa Mundial de Alimentos (PMA).
A Embaixadora fez um balanço histórico de todo o trabalho de construção do PNAE, que celebra 68 anos de existência. “O PNAE já conta com quase 70 anos de existência. Já passou por mais de 20 governos, sempre evoluindo qualitativa e quantitativamente até o seu atual estado”, reforçou. Em seu discurso, A Embaixadora Luiza Lopes lembrou que os congoleses já estiveram no Brasil em 2012 com o mesmo intuito de conhecer o PNAE.
A chefe da delegação africana e Ministra de Assuntos Sociais, da Solidariedade e da Ação Humanitária do Congo, Senhora Irene Kimbatsa, agradeceu a recepção e a programação que inclui visitas de campo e reuniões com as instituições que participam do PNAE. “Novamente as autoridades brasileiras nos recebem para compartilhar conhecimentos relativos ao programa de alimentação escolar no Brasil, o que é muito importante para o Congo”.
A presidente do FNDE, Fernanda Pacobayhba, ressaltou a parceria entre a alimentação escolar e a agricultura familiar. “Nós garantimos não só uma alimentação escolar com produtos de qualidade, mas fortalecemos a própria economia dos municípios, uma vez que a compra é local”. A Senhora Fernanda Pacobayhba lembrou aos congoleses que o Fundo está inteiramente à disposição para estreitar ainda mais a parceria.
Já Daniel Balaban, diretor do Centro de Excelência contra a Fome, no Brasil, do Programa Mundial de Alimentos (PMA), salientou que programas de alimentação escolar têm impactos positivos também em questões de gênero e de mudança do clima. “O programa precisa assegurar sua sustentabilidade, garantir a compra local de produtos, a variedade da produção com qualidade de armazenamento e logística de transporte de alimentos” , ressaltou. “É um processo complexo, mas com resultados muito positivos nos países que estão desenvolvendo programas de alimentação escolar, a exemplo do Brasil” .
Durante toda a semana, a delegação conhecerá de perto detalhes sobre a legislação que envolve o PNAE, a dinâmica do modelo de alimentação escolar, conjugado com a agricultura familiar, em que 30% dos produtos são comprados diretamente de produtores locais. Os congoleses visitarão, ainda, escolas urbanas e rurais beneficiadas pelo Programa no DF, o CEASA - Centro de Distribuição de Alimentos -, além de propriedades de agricultores familiares que fornecem os alimentos consumidos nas escolas.