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Curso para agricultores africanos é encerrado em Lavras
Foi concluída ontem, 28 de agosto, a terceira edição do Curso de Aperfeiçoamento “Capacitação e Transferência de Tecnologia na Cultura do Algodão”, na Universidade Federal de Lavras (UFLA) .
Durante 90 dias, 33 alunos de cinco países africanos - Moçambique, Malaui, Quênia, Tanzânia e Zimbábue - tiveram a oportunidade de conhecer todas as etapas de produção do algodão, por meio de aulas teóricas e práticas, além de técnicas gerais na área de produção agrícola.
A participação dos especialistas africanos em ações deste tipo se insere no âmbito das atividades de cooperação técnica Sul-Sul do “Programa Brasileiro de Apoio ao Desenvolvimento do Setor Algodoeiro na África”, coordenado pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC) em parceria com a UFLA e a Associação Mineira dos Produtores de Algodão (AMIPA), com o apoio do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).
O objetivo do projeto é impulsionar a geração de empregos e o aumento de renda dos pequenos produtores de algodão em 14 países africanos que dependem desta cultura para sua subsistência, com consequente melhoria na qualidade de vida dos agricultores.
“Só com as boas práticas agrícolas aprendidas somos capazes de ampliar em até 20% nosso rendimento, sem aumentar custos”, afirma o engenheiro agrônomo Dilson Brito, que participou do curso pelo Instituto do Algodão de Moçambique. Os benefícios podem ser sentidos em toda cadeia produtiva, com insumos, sementes, organização dos produtores e controle de pragas.
Durante a cerimônia de entrega dos certificados, o Gerente de Projetos da ABC, Antonio Junqueira, cumprimentou os formandos e expressou as expectativas da Agência em relação ao curso: “Este é apenas o início de uma etapa. Esperamos que vocês voltem e apliquem, em seus países de origem, os conhecimentos aqui adquiridos”.
O Pró-Reitor de Extensão da UFLA, professor João José Marques, parabenizou os formandos e afirmou que o curso é o projeto de extensão mais ambicioso e influente da Universidade. “A oportunidade de interagir com pessoas de países tão distantes é que nos permite um alcance universal e justifica sermos chamados de universidade”, ponderou.
O curso de “Capacitação e Transferência de Tecnologia na Cultura do Algodão” já foi oferecido em outras duas edições. A primeira, em 2014, para 30 profissionais de países africanos falantes de língua portuguesa (Angola, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe), e a segunda, em 2017, para 35 profissionais de países africanos de língua francesa (Côte d'Ivoire, Senegal, Burundi, Camarões, Benim, Burquina Faso, Mali, Chade e Togo).
Saiba mais sobre o projeto em: https://goo.gl/RJK59f
Autor: Comunicação/ Agência Brasileira de Cooperação (ABC)
Fonte: Universidade Federal de Lavras (UFLA)