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Curso de formação de diplomatas: conteúdo rico e relações humanas essenciais
Giliardo reforça que a vivência, durante os 8 meses que esteve no Brasil, não apenas ampliou sua visão do mundo mas também o preparou para lidar com a complexidade das relações internacionais e com os desafios que surgem no cenário global. “Acredito que tenho as ferramentas necessárias para ser um diplomata mais preparado e mais consciente sobre a importância da diversidade, além de me sentir mais apto para contribuir para a promoção dos interesses do meu país no contexto internacional.”
O cabo-verdiano, no entanto, fez questão de frisar que, para além da qualidade do curso e do currículo estudado, as relações interpessoais foram verdadeiramente marcantes durante a formação. A turma de jovens diplomatas brasileiros foi acrescida de oito diplomatas estrangeiros, tanto da África lusófona quanto da América Latina. A amizade construída no Instituto Rio Branco transcendeu, segundo ele, o ambiente acadêmico, transformando-se em uma rede de apoio que, certamente, já se reflete nos laços profissionais e diplomáticos entre Cabo Verde e o Brasil, como também com outras nações.
Formação
O conteúdo ministrado durante o curso foi, segundo o diplomata, essencial para a sua formação bem como de seus colegas. O destaque foi dado aos estudos de política externa, direito internacional, temas jurídicos e os quatro idiomas oferecidos. “A análise de política externa é um campo de estudo fascinante e crucial para um diplomata em início de carreira e é um dos pontos positivos desse curso”, diz. “O que permite uma compreensão detalhada da posição dos países no mundo, suas alianças estratégicas e os objetivos que orientam a atuação em fóruns multilaterais”, completou.
O Curso de Formação de Diplomatas disponibiliza vagas para o público estrangeiro por meio da cooperação brasileira, coordenada pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores. A rotina intensa incluiu aulas regulares, seminários e viagens de estudo. Os conteúdos abordavam desde política internacional e direito internacional até temas como cyber diplomacia e diplomacia pública, com aulas oferecidas em seis línguas oficiais da ONU — árabe, chinês, espanhol, francês, inglês e russo.
A turma de 2024 contou, além de estudantes brasileiros, com diplomatas do Peru, do Equador e de seis nações africanas: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe. A cerimônia de formatura e despedida dos estudantes estrangeiros foi realizada em 27/10 no auditório do IRBr. Ao todo, já passaram 298 estrangeiros por essa formação.