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Coordenador da rede Global de Bancos de Leite Humano (rBLH) João Aprígio recebe prêmio da OMS
O Coordenador da rede Global de Bancos de Leite Humano (rBLH) João Aprígio Guerra de Almeida recebeu, nesta sexta-feira, 13/11, o Prêmio Dr. Lee Jong-wook de Saúde Pública de 2020. A cerimônia de entrega do prêmio foi transmitida remotamente durante a Sessão Plenária da Retomada da 73ª Assembleia Mundial da Saúde.
O prêmio concedido pela OMS homenageia cientistas e instituições do mundo que tenham alcançado progressos no campo da saúde das populações. João Aprígio trabalha, desde 1998, na promoção do aleitamento materno no Brasil e no mundo, contribuindo na redução da mortalidade infantil.
Ao receber o prêmio, o pesquisador agradeceu a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE), pela inclusão do tema Banco de Leite Humano na pauta da cooperação técnica internacional brasileira e por ter viabilizado o compartilhamento da boa prática com outros 30 países.
Também lembrou que o Ministério da Saúde do Brasil investe, há mais de 30 anos, nos Bancos de Leite Humano como uma ação estratégica do Sistema Único de Saúde do País, e agradeceu a Fundação Oswaldo Cruz, onde trabalha há 35 anos e que, segundo ele, “onde aprendeu a fazer saúde pública com compromisso social".
O coordenador da rBLH dedicou a premiação aos recém-nascidos atendidos pelos Bancos de Leite Humano e suas famílias, assim como as mulheres-mães-doadoras de leite humano.
Em seu discurso, lembrou que a Declaração Universal de Direitos Humanos estabelece o direito à vida como primeiro e mais elementar dos direitos fundamentais do ser humano. “Nesse contexto, torna-se importante trabalhar o direito ao aleitamento materno e à nutrição adequada como uma questão de direito fundamental, por se tratar não apenas de um fator de sobrevivência para recém-nascidos, como também de um recurso natural e sustentável capaz de definir a qualidade de vida que terá um indivíduo” , disse. “Cabe aos tomadores de decisão, o papel de garantir o acesso ao leite humano como salvaguarda da vida de milhares de recém-nascidos no mundo inteiro e, além disso, contribuir para o desenvolvimento sustentável em suas diversas dimensões.”
Banco de Leite Humano
Por meio da cooperação técnica internacional, a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE) , o Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) já implantaram mais de 110 Bancos de Leite Humano em mais de 20 países da América Latina e Central, Península Ibérica e África.
A Rede Global de Bancos de Leite Humano, reconhecida pela OMS, foi constituída como resultado da cooperação técnica internacional brasileira. Atualmente, há redes de Banco de Leite Humano nos países da CPLP e Mercosul, da Iberoamerica e dos países do BRICS.
Autor: Cláudia Caçador