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Cooperação pela saúde, em São Tomé e Príncipe
Em visita realizada esta semana ao prédio, por delegação da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) que se encontra em STP, pôde ser verificada a excelência das instalações e a qualidade e modernidade dos equipamentos que serão utilizados no laboratório.
Atualmente, é registrada uma média de 150 casos de Tuberculose por ano no país, além da ocorrência de cerca de 20 óbitos anuais, de acordo com o Coordenador do Programa Nacional da Luta Contra a Tuberculose (PNLT), Bonifácio Sousa.
Em STP, o diagnóstico inicial da doença é feito localmente, nos centros de saúde distritais. Porém, no caso de "tuberculoses multirresistentes", as amostras colhidas têm de ser enviadas a outros países, para a confirmação do diagnóstico. Este procedimento, para além de atrasar a identificação da endemia, traz altos custos financeiros para o governo.
Desta forma, desde 2011, o Brasil, à partir de uma parceria entre a ABC e o Ministério da Saúde (MS) , vem desenvolvendo uma série de iniciativas em STP, por meio do compartilhamento de experiências e políticas públicas brasileiras de sucesso nesta área.
Entre ações de capacitação dos gestores e profissionais de saúde de São Tomé e Príncipe, atividades de sensibilização junto à população, sobre meios de prevenção da tuberculose, culminando com a construção do laboratório, que será gerido pelo Ministério da Saúde de STP.
"Neste laboratório, seremos capazes de realizar a cultura e o teste de sensibilidade da bactéria da tuberculose, adequando assim o tratamento a cada caso" , afirmou Swasilanne Sousa, 38 anos, médica santomense, que acompanha o projeto desde o início. "Vamos poder, agora, diagnosticar e tratar a tuberculose em STP. O laboratório veio reforçar as bases do que o governo de STP tem feito no sentido de erradicar a tuberculose no país" , concluiu.
Além das atividades acima mencionados, o projeto incluiu também visitas de técnicos e especialistas santomenses ao Brasil, nas quais foram realizadas formações específicas na área da tuberculose. A Analista Clínica Rosa Maria Nero, que ficará à frente da gestão do laboratório, relatou, animada, visita recente que fez ao Brasil para troca de experiências em gestão laboratorial. Rosa foi a primeira Analista Clínica licenciada a atuar em STP e diz que este laboratório é como um sonho que se realiza. "Queremos que este laboratório se torne uma referência não só nacional, mas regional, neste lado da costa africana. Adorei o laboratório como se fosse um filho, que vou mimar para que cresça" . No futuro, Rosa acredita que, além de atendimento clínico, a unidade poderá também ser utilizada para a realização de investigação científica.
A inauguração oficial do "Laboratório Nacional de Referência da Tuberculose de STP" não tem data certa, mas deverá acontecer ainda em 2017, com a presença de representantes do MS do Brasil e da chancelaria brasileira no país.
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