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Cooperação Internacional Brasil-FAO completa 14 anos
"Continuaremos a construir soluções inovadoras para as grandes dificuldades que marcam este momento desafiador e sem precedentes por que estamos passando. Faremos isso junto com nossos valiosos parceiros” , disse o Embaixador Ruy Pereira, Diretor da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE) , durante reunião virtual do Comitê Executivo do Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO, ocorrida em 17/02.
O encontro, organizado conjuntamente pelo Escritório Regional da FAO para América Latina e o Caribe e a ABC, contou com a participação de representantes do Escritório da FAO no Brasil e das instituições brasileiras cooperantes que apoiam os projetos desenvolvidos no âmbito da parceria.
Em 2022, o Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO comemora 14 anos de ações desenvolvidas na região, uma aliança de sucesso entre o governo brasileiro e a FAO, que tem compartilhado as experiências e as boas práticas do País em áreas como alimentação escolar e programas de compra pública de alimentos, agricultura familiar, fortalecimento do setor algodoeiro, erradicação da fome e da pobreza rural, governança responsável da posse da terra, segurança alimentar e nutricional, políticas públicas agroambientais e aquicultura.
Para Ruy Pereira, "o Brasil realiza ações de cooperação técnica com vistas ao desenvolvimento econômico e social, de acordo com seu mandato constitucional" , com destaque ao princípio da cooperação entre os povos para o progresso da humanidade, presente no artigo 4º da Constituição Federal do Brasil.
Segundo o diplomata, a cooperação Sul-Sul trilateral entre Brasil e a FAO tem gerado importantes benefícios não só para os países da região, mas também para o Brasil, por meio da projeção internacional em fóruns estratégicos, do aprimoramento de políticas públicas mediante o intercâmbio de conhecimentos, da reflexão crítica e do desenvolvimento de capacidades das equipes técnicas a partir do diálogo com outros países.
Já o Diretor Regional da FAO para a América Latina e o Caribe, Julio Berdegué, destacou que o Brasil colocou à disposição dos países da região uma experiência acumulada pelo povo brasileiro, seus agricultores e agricultoras, empresários, organizações e sociedade civil do País. “Esse conhecimento tem valor inestimável” , disse Berdegué, ressaltando a generosidade e a importância desta iniciativa de cooperação. "Vamos nos centrar no conceito por trás desse compromisso do Brasil, de que o desenvolvimento do mundo é necessário para o desenvolvimento do Brasil e vice-versa" , complementou.
Além de comemorar os resultados do passado, Berdegué disse que é importante encontrar soluções conjuntas para o futuro. Segundo o Diretor Regional da FAO, apesar das mudanças sociais e tecnológicas ocorridas nos últimos anos, como o avanço da digitalização no campo, algumas experiências de cooperação devem continuar e outras se adaptar. "Existem questões, insisto, que terão de ser mantidas. A colaboração fundamental que vocês (brasileiros) nos deram, por exemplo, na alimentação escolar, é um pilar da agenda de cooperação brasileira que devemos continuar preservando e cuidando" , afirmou.
Atualmente, as instituições brasileiras que compõem o Programa de Cooperação com a FAO, sob a coordenação da Agência, são: Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, do Ministério da Educação (FNDE/MEC) , Secretaria da Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SAF/MAPA) , Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) , a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) , a Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (EMPAER-PB) e a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (ABRAPA) . Essas instituições parceiras apoiam execução de projetos em andamento, promovendo o intercâmbio de conhecimento e inovações. Os projetos de cooperação em cotonicultura são financiados pelo Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).