Notícias
Cooperação brasileira: sementes de hortícolas serão doadas e hortas comunitárias serão instaladas em Moçambique
Uma equipe da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE) , da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e do Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) está em Moçambique para a realização de ações de cooperação técnica e humanitária na regiões Norte e Centro daquele país, onde serão instaladas hortas comunitárias para atender famílias afetadas pelos ciclones Idai e Kenneth, em 2019, pelo ciclone Gombe, que atingiu o país em fevereiro do ano corrente, e pela pandemia da COVID-19.
Quatro cidades do Norte do país estão recebendo a visita dos especialistas brasileiros: Metuge, na Província de Cabo Delgado, Beira, na Província de Sofala, Chimoio, na Província de Manica e Quelimane, na Província da Zambézia. A equipe realiza análise do solo e do clima nessas localidades para determinar a localização ideal para a instalação das hortas.
Quelimane foi uma das cidades mais atingidas, em 2019, pelos ciclones Idai e Kenneth. Recentemente, em fevereiro, também foi afetada pelo ciclone Gombe, desastre que fez 30 mil vítimas, atingindo 3 mil casas, deixando 40 feridos e cerca de 15 mortos.
Além da doação de sementes de hortaliças, a iniciativa prevê a instalação das hortas comunitárias e a realização de capacitações para a produção desse tipo de produtos vegetais.
Segundo a Analista de Cooperação responsável pelo Programa de cooperação técnica bilateral Brasil-Moçambique da ABC, Paula Rougemont, essa iniciativa é “inovadora, uma vez que a ação humanitária é complementado pela atividade de cooperação técnica. Verificou-se que apenas a doação de sementes não seria suficiente para garantir que as famílias afetadas pelos ciclones produzissem as hortaliças para consumo e até para eventual geração de renda. Por isso, optou-se por uma iniciativa mista com o olhar na continuidade sustentável” .
A doação de sementes e a instalação das hortas respeitará o calendário agrícola de cada região. As atividades serão iniciadas no segundo semestre de 2022 e finalizarão no segundo semestre de 2023, quando extensionistas e produtores locais participarão de formação técnica intensa no Brasil.