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Cooperação brasileira com Organismos Internacionais é destaque em evento da ONU
Com o fortalecimento e consolidação deste arranjo de parcerias, ao longo dos últimos anos, para o desenvolvimento de iniciativas de cooperação Sul-Sul, a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) tem procurado aprimorar os seus mecanismos de coordenação e interrelação entre as ações, para o alcance de resultados ainda mais sólidos e abragentes, na execução dos projetos coordenados pela ABC.
Na manhã desta quarta-feira (29), em evento paralelo organizado durante a Expo, a Agência apresentou o marco teórico e a metodologia de implementação da Cooperação Sul-Sul trilateral brasileira com Organismos Internacionais, destacando as vantagens comparativas dessas parcerias para o Governo brasileiro e para os Organismos Internacionais envolvidos. Em sua intervenção, o representante da Embaixada do Brasil em Ankara, Ministro-Conselheiro Miguel Franco, destacou que um dos marcos principais da cooperação promovida pelo Brasil é a horizontalidade das ações, em todas as etapas da construção das ações, e que o Brasil “compartilha” experiências construídas, não “transmite-as” aos países, e que há uma diferença fundamental nesta visão. “Fazemos tudo conjuntamente, do início até o final.” , concluiu.
Anna Maria Graziano, Gerente de Projetos na Coordenação de Cooperação Trilateral com Organismos Internacionais da ABC, sublinhou que outra característica bastante positiva da Cooperação Sul-Sul brasileira é que não se trata somente de recursos financeiros, mas de toda a expertise acumulada pelo Brasil, os desafios superados, e a construção conjunta de soluções adaptadas à realidade de cada país.
Em suas intervenções, os representantes da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Centro de Excelência Contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (PMA), expuseram como evoluiram as respectivas parcerias com o governo brasileiro, exemplificaram algumas linhas temáticas e projetos já desenvolvidos, mencionando, principalmente, áreas como alimentação escolar, agricultura familiar e proteção social.
O representante do UNICEF, Ian Thorpe, mencionou um projeto em que fica claro como a parceria com os Organismos Internacionais pode ser complementar. Trata-se de um projeto de saneamento urbano na Etiópia, em que o UNICEF tem todo o conhecimento do “terreno”, por possuir longa experiência de atuação na Etiópia, e o Brasil possuía o conhecimento técnico de boas experiências de saneamento em áreas urbanas. Assim, com a complementaridade dos conhecimentos, pode-se desenvolver esta importante iniciativa, em conjunto com o governo da Etiópia.
Para Jorge Chediek, Diretor do Escritório das Nações Unidas para a Cooperação Sul-Sul (UNOSSC), o Brasil tem disponibilizado, por meio das suas instituições públicas, os seus recursos humanos que, por meio do compartilhamento técnico que compartilham ao participar dos projetos, colocam em prática os princípios da CSS. “Isso demonstra que às vezes é difícil estimar financeiramente toda a riqueza da CSS, pois como contabilizamos a importância da atuação dos colaboradores das instituições públicas brasileiras? E isto é potencializado com as ações conjuntas com os Organmismos Internacionais. O Brasil representa a importância das parcerias de um país que quer compartilhar as suas experiências, junto com as agências da ONU que têm as suas expertises. É um win-win-win para dodos!” , afirmou.
Leia aqui informações sobre a presença da ABC na "Global South-South Development Expo".