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Comercialização de algodão, para produção de sementes em Moçambique, é concluída
A missão para comercialização do algodão junto aos produtores moçambicanos que participam do “Projeto Regional de Fortalecimento do Setor Algodoeiro nas Bacias do Baixo Shire e Zambeze” ocorreu entre os dias 13 e 22 de julho nos distritos que fazem parte da iniciativa.
Prevista no projeto, a ação consiste em vistoriar e etiquetar o resultado da colheita, adquirir a safra e realizar o pagamento aos agricultores parceiros do projeto. Na sequência, é realizado o tratamento adequado para a produção de sementes certificadas, que retornarão aos produtores locais para serem utilizadas na nova safra.
O objetivo é apoiar tecnicamente a instalação e condução dos campos de produção de semente certificada do algodão nas localidades selecionadas.
A equipe foi constituída pelo gestor do Centro de Transferência de Tecnologia do Algodão – CRETTA, Adriano Barros, pelo coordenador técnico local do projeto, Alexandre Pelembe, e pelo Oficial de Administração e Finanças da Embaixada do Brasil em Maputo, Adriano João Tuzine.
Ao todo, foram percorridos cerca de 2 mil quilômetros entre os distritos de Báruè, Guro (localidade de Sanga) e Moatize nas localidades de Mecumbeze, Cahora Bassa (Calangache) e Mágoe (Mucumbura). Os 19 produtores de semente beneficiários do projeto receberam a equipe e o equivalente a 15 mil dólares americanos, sem considerar os descontos de insumos usados durante a produção da safra.
Alexandre Pelembe, destacou que o algodão adquirido será beneficiado e as sementes retornarão para a região de Manica e Tete. “O algodão comercializado será deslintado, tratado quimicamente e embalado e, posteriormente, realocado aos produtores da região de Manica e Tete” , disse. “A expectativa é de que, após o beneficiamento, sejam obtidas 16 toneladas de semente certificada que poderá ser distribuída e beneficiará mais de mil produtores em uma área de mil hectares” .
O analista de projetos da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), Fábio Tagliari, responsável por acompanhar a iniciativa, disse que os resultados da safra foram muito positivos. “Nós comemoramos os resultados da comercialização do algodão, tanto nos valores comercializados, como com relação ao algodão que será ainda beneficiado” , disse. “É importante lembrar que as sementes voltam para a região em um ciclo virtuoso que só contribui para aumentar a qualidade da semente, certificada, do algodão produzido nos países participantes, que é um dos objetivos do projeto” , lembra.
O Projeto Shire-Zambeze é coordenado pela ABC, do Ministério das Relações Exteriores (MRE), e executado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa ), com apoio financeiro do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e institucional do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Autor: Claudia Caçador