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Cartilha Reúne Boas Práticas em Extensão Agropecuária da Colômbia e do Brasil
Cerca de 500 pessoas acompanharam, pelas plataformas Zoom e YouTube, a oficina de socialização da cartilha 'Ferramentas e Boas Práticas de Extensão para a Agricultura Familiar: Experiências do Brasil e da Colômbia', produzida no âmbito do projeto de cooperação técnica “Semeando Capacidades” e que reuniu atores estratégicos relacionados à extensão e à inovação agropecuária da Colômbia e do Brasil.
O documento é resultado da componente de extensão agropecuária do projeto e tem como objetivo servir de insumo para fortalecer os processos de extensão rural nos dois países parceiros.
Camilo Ardila Galvis, coordenador do projeto Semeando Capacidades pela FAO, fez uma introdução sobre a importância da extensão agropecuária para a agricultura familiar, destacando o papel fundamental das famílias agricultoras como “pilar da segurança alimentar e nutricional nacional”, disse. Galvis afirmou que a ´multidimensionalidade´ da agricultura familiar, setor responsável pela conservação da agrobiodiversidade e das tradições culturais, tem papel fundamental na gestão do território.
Galvis também destacou a importância de mudanças nos serviços de extensão para torná-los mais eficientes, oportunos e eficazes no sentido de atender às necessidades da família rural em todo o processo. “O extensionista é um gestor do desenvolvimento territorial” , completou.
Manoel Mendoza, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (MAPA) , apresentou os resultados da cartilha e destacou algumas das características necessárias a um extensionista, tais como: usar linguagem simples e respeitosa; promover o trabalho em equipe e a associatividade; integrar o conhecimento técnico à experiência dos agricultores; promover a autoaprendizagem, a observação e a reflexão. Mendoza destacou a importância do enfoque participativo e integral, assim como o uso de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) como ferramenta para o trabalho de extensão rural.
Já Cesar Giraldo, representante do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural da Colômbia (MADR) , falou sobre as contribuições da cartilha para fortalecer os serviços de extensão e inovação agrícola para ambos países. Giraldo lembrou a importância do setor agrícola colombiano como principal fonte de emprego do país, alcançando 25% da população economicamente ativa. O representante do MADR também destacou o importante papel do agente de extensão para a prestação de serviços, com base no enfoque do desenvolvimento das capacidades humanas. “A extensão rural é um instrumento eficaz para promover o desenvolvimento econômico e social das famílias rurais” .
Extensão rural
A presidente da Empresa Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater-PA) , Lana Roberta Reis, comentou os enfoques da extensão agropecuária para a Colômbia e o Brasil, apontando algumas ações importantes, tais como o fortalecimento das atividades produtivas para a produção de alimentos saudáveis, aliado à preservação do meio ambiente; e a geração de emprego e renda no meio rural para promoção de melhores condições de vida no campo.
Reis destacou o uso de metodologias participativas associadas às TICs, que se tornaram instrumentos ainda mais importantes em decorrência da pandemia.
Escola
Claudia Sánchez, do Serviço Nacional de Aprendizagem (SENA) , da Colômbia, apresentou a experiência da Escola Nacional de Extensão Rural, que busca desenvolver competências e habilidades de extensão rural em instrutores; profissionais do setor rural (público, privado, serviço rural); associações; e comunidades rurais, a partir do enfoque da extensão rural. Segundo Sánchez, com base no uso de ferramentas participativas é possível captar a percepção da comunidade como fonte de informação e decisão, o que contribui para a implementação de soluções locais.
O Projeto
O projeto Semeando Capacidades é executado de forma conjunta pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE) , Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (MAPA), Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural da Colômbia (MADR) e Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) , e integra as ações do projeto regional América Latina e Caribe sem Fome 2025, realizado pelo Programa de Cooperação Internacional do Brasil, por meio da ABC com a FAO.
A analista de projetos da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), Carolina Smid, destacou que “o desenvolvimento de capacidades por meio da troca de experiências e boas práticas entre os países vem se consolidando como uma ferramenta concreta para o processo de mudanças positivas estruturais” . Para Carolina Smid, a agricultura tem um grande destaque na cooperação sul-sul brasileira, principalmente no apoio à agricultura familiar.
Por sua vez, Ronaldo Ferraz, coordenador, pela FAO, do projeto América Latina e Caribe sem Fome 2025, confirmou que o evento gerou contribuições significativas em termos de extensão agropecuária para os dois países, e que a cartilha é um insumo que contribuirá para fortalecer os processos de extensão rural, tanto no Brasil quanto na Colômbia.
Baixe a cartilha 'Ferramentas e Boas Práticas de Extensão para a Agricultura Familiar: Experiências do Brasil e da Colômbia' aqui:
Fonte: Com informações: FAO
Arquivo(s):
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