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Brasil faz doação humanitária para refugiados saarauís na Argélia
O governo brasileiro doou, em caráter humanitário, para o Programa Mundial de Alimentos (WFP, sigla em inglês), o valor de 50 mil dólares para fins de prevenção e resposta à propagação da epidemia do COVID-19 junto à população dos cinco campos de refugiados saarauís, na Argélia.
A doação é uma resposta do Brasil a um apelo conjunto de organizações humanitárias, entre elas o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR); o Programa Mundial de Alimentos (WFP) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), que emitiram um documento que identifica as necessidades de saúde pública e as consequências humanitárias imediatas da epidemia, especialmente no que tange à segurança alimentar e nutricional.
A Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE), coordenou a transferência dos recursos, que foi realizada por intermédio do Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (WFP), em Brasília, para o Escritório do WFP no país africano.
Alimentação
O WFP usará os recursos para prover assistência alimentar, por três meses, a mais de 20 mil refugiados saarauís que sofrem com o impacto socioeconômico da crise. Cada pessoa receberá mensalmente uma seleção de alimentos que inclui cereais (arroz, cevada e farinha de trigo), leguminosas, óleo vegetal, açúcar e uma mistura de milho e soja com adição de vitaminas e minerais.
O representante e diretor do WFP na Argélia, Imed Khanfir, falou da importância da doação. "Esta contribuição permitirá que o WFP forneça assistência necessária aos refugiados saarauís que perderam sua renda, devido a medidas de combate ao COVID-19" , disse. “O WFP é muito grato ao povo e ao governo do Brasil por seu apoio durante este período desafiador”.
Programa Mundial de Alimentos
O Programa Mundial de Alimentos (WFP) tem apoiado os refugiados do Saara Ocidental na Argélia desde 1986. Toda a assistência do WFP na Argélia é realizada e monitorada em colaboração com organizações nacionais e internacionais, para garantir que a assistência chegue às pessoas a quem se destina.
Por mais de 40 anos, os saarauís têm vivido em condições extremamente adversas no deserto do Saara, no sudoeste da Argélia. Hospedadas em cinco campos de refugiados, perto da cidade argelina de Tindouf, as famílias refugiadas contam principalmente com a assistência do WFP para suprir suas necessidades alimentares, uma vez que as oportunidades de emprego e meios de subsistência são limitados.
Autor: Claudia Caçador