Notícias
Brasil e Zâmbia assinam novo projeto na área de cooperação em algodão
A iniciativa será coordenada pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores, em parceria com o governo da Zâmbia, tendo como objetivo contribuir para o desenvolvimento socioeconômico zambiano, beneficiando cerca de 300.000 agricultores familiares (ou 1 milhão de pessoas, quando consideradas as famílias de cada produtor). No total, são estimados recursos superiores a USD 1,6 milhão para o desenvolvimento do setor algodoeiro naquele país.
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (EMATER-MG) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) serão as instituições brasileiras parceiras da iniciativa, que compartilharão com pequenos agricultores daquele país seu conhecimento técnico relativo à produção cotonícola, a exemplo de experiências semelhantes ocorridas em projetos realizados no Mali, em Moçambique e no Zimbábue.
Em seu discurso, o Embaixador brasileiro ressaltou que o projeto de cooperação sul-sul foi desenvolvido a pedido da Zâmbia. “A cooperação ocorre de forma horizontal, sem condicionalidades por parte do Brasil, com especial atenção à transferência de conhecimento, por meio da validação e disseminação de sistemas eficientes de produção de algodão”, sublinhou. O diplomata lembrou, ainda, que o sucesso do projeto depende do comprometimento de ambos os países na execução das ações a serem implementadas.
Áreas prioritárias
As atividades desenvolvidas pelo projeto terão como foco três áreas prioritárias, relacionadas à cadeia produtiva de algodão. A primeira refere-se à validação de sistemas de cultivo de algodão e apoio à transferência de tecnologias adequadas às condições agronômicas e socioeconômicas daquele país africano, por meio do treinamento de pesquisadores, extensionistas, técnicos locais e agricultores líderes, que poderão utilizar e disseminar tecnologias de cultivo de algodão.
A segunda área prioritária inclui o fornecimento de sementes de algodão. A terceira tem como objetivo melhorar as instalações das instituições que realizam pesquisa em algodão. Todas as etapas desse processo exigirão ações de mobilização social, que deverão ser preparadas e realizadas por instituições locais sob a liderança da “Junta do Algodão da Zâmbia”.