Notícias
Brasil e Venezuela promovem cooperação em gestão de riscos de desastres e em saúde na fronteira
Proteção civil
Durante o encontro, as partes definiram as ações prioritárias de cooperação bilateral nas seguintes áreas da gestão integral de riscos de desastres: fortalecimento de instituições públicas de proteção e defesa civil, formação e capacitação de funcionários, técnicos, cientistas e especialistas no setor.
Carta internacional
No contexto da gestão integral de riscos de desastres, a delegação brasileira prosseguiu entendimentos sobre a colaboração bilateral no âmbito da iniciativa humanitária "Carta Internacional - Espaço e Grandes Desastres", que congrega 17 das principais agências espaciais e operadores de sistemas espaciais do mundo. Ambos países participam por intermédio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e da Agência Bolivariana de Atividades Espaciais (ABAE). Em outubro passado, o Conselho da “Carta Internacional“ decidiu que a sua 52ª reunião semestral ocorrerá no Brasil, presencialmente e sob a liderança da ABAE, de 28 de outubro a 1º de novembro de 2024.
Saúde na fronteira
A oncocercose é uma doença tropical negligenciada que provoca cegueira. O foco ora combatido encontra-se nas Américas em região amazônica compartilhada por Brasil e Venezuela. Eliminar a doença requer ação conjunta nos dois lados da fronteira. Os últimos encontros técnicos bilaterais sobre a oncocercose foram realizados até 2016, com base na assinatura, em Genebra, em 2014, de memorando de entendimento destinado à eliminação da doença. Na reunião em Caracas, Brasil e Venezuela apresentaram seus esforços nacionais de enfrentamento à oncocercose e discutiram o restabelecimento do comitê técnico bilateral para eliminá-la, entre outras medidas comuns.
A delegação brasileira, foi chefiada pelo Ministro José Solla, Coordenador-Geral de Cooperação Humanitária da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores, responsável por coordenar todas as ações de cooperação internacional para o desenvolvimento, prestadas e recebidas pelo Brasil.
Participaram da delegação brasileira, além de representante da ABC, profissionais da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional; do INPE, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; do Ministério da Saúde, com especialistas da Coordenação-Geral da Vigilância das Doenças em Eliminação e da Coordenação de Vigilância em Saúde Indígena e, ainda, da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais.