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Brasil e Myanmar assinam projeto para cooperação na produção de soro antiofídico
Iniciativa está na segunda fase e busca conformidade com as diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Publicado em
31/10/2022 00h00
Atualizado em
15/07/2024 17h43
O projeto “Melhoramento de metodologias e técnicas de produção de soro antiofídico em Myanmar – Fase II ” foi assinado em 31/10, na sede da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE), em Brasília. Participaram da assinatura o Diretor da ABC, Embaixador Ruy Pereira, e o Embaixador daquele país em Brasília, senhor Aung Kyaw Zan .
O Diretor da ABC recordou que o projeto, implementado desde 2014, auxiliou no aumento da produção de soros antivenenos em Myanmar, utilizados para tratar picadas de serpentes, com base nas boas práticas brasileiras no tema. “O caráter inovador desse projeto de cooperação técnica já auxiliou Myanmar a aumentar a quantidade de produção e a ampliar a qualidade de antivenenos , permitindo atender, de forma suficiente, à população local” , disse.
O projeto, além de incentivar o aumento da produção de soro antiofídico, influenciou investimento, por parte do governo de Myanmar, na fábrica de soro antiofídico “ Pharmaceutical Factory Insein ” , uma das parceiras da iniciativa. “A segunda fase do projeto contemplará a melhoria na qualidade do produto, incluindo os esquemas de imunização e de coleta de plasmas, que, espera-se, após o projeto, estarão em conformidade com os requisitos técnicos atuais da Organização Mundial de Saúde ( OMS)” , destacou o diplomata brasileiro.
Relativamente à primeira fase da iniciativa, os especialistas myanmarenses apontaram que as metodologias obtidas do Brasil foram de vital importância para a decisão d a compra dos equipamentos da nova fábrica. Destaca-se ainda que o apoio da cooperação brasileira em manejo veterinário, amplamente replicada no Myanmar, auxiliou na diminuição dos custos de fabricação do soro.
A instituição brasileira cooperante parceira no projeto é o Instituto Butantan , principal produtor de imunobiológicos do Brasil e responsável por elevada porcentagem da produção nacional de soros hiperimunes e de antígenos vacinais. A parceria com o Brasil nessa nova etapa do projeto terá duração de dois anos e as primeiras atividades deverão começar a ser realizadas já no início de 2023.