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Brasil e Honduras retomam os laços de cooperação técnica
Realizou-se, no primeiro semestre de 2012, reuniões promovidas pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE) entre instituições brasileiras e hondurenhas, as quais possibilitaram a retomada e a ampliação dos projetos desenvolvidos no âmbito do Programa de Cooperação Técnica Brasil-Honduras. Nesta nova fase das relações entre os dois países, foram aprovados projetos nas áreas de saúde (bancos de leite humano, sangue e hemoderivados, morbimortalidade materno-infantil e saúde mental), agricultura (frutas tropicais e agricultura familiar), recursos hídricos, educação alimentar e nutricional, desenvolvimento social (proteção social e concessão familiar) e gestão pública (gestão tributária e aduaneira).
Os mencionados projetos, que deverão resultar na formação de funcionários e gestores do Governo hondurenho, nas diversas esferas do conhecimento, serão executados por instituições brasileiras de reconhecida competência, tais como o Ministério da Saúde (MS), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Agência Nacional de Águas (ANA), o Serviço Social da Indústria (SESI), a Prefeitura de Sobral (CE), o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e a Secretaria da Receita Federal do Brasil.
Na ocasião da abertura da missão multidisciplinar da ABC, que visitou Tegucigalpa em abril de 2012, o Diretor da ABC, Ministro Marco Farani, a convite do Governo hondurenho, proferiu Conferência Magistral intitulada "Cooperación Técnica Sur-Sur de América Latina: El Rol de Brasil y Honduras en el Contexto Nacional", na qual esclareceu que, por decisão de política externa do Governo brasileiro, a cooperação prestada pelo Brasil aos países em desenvolvimento - normalmente considerada mais solidária do que a tradicionalmente oferecida por países industrializados - cresceu muito a partir do segundo mandato do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Tendo em conta a firme decisão de intensificar a ajuda aos países em desenvolvimento, o Brasil coloca a disposição de seus parceiros a transferência de conhecimentos desenvolvidos por instituições de comprovada excelência, especialmente nos campos da agricultura, saúde, meio-ambiente e inclusão social. O Diretor da ABC enfatizou, tanto durante seu pronunciamento, quanto durante declarações prestadas aos meios de comunicação que o entrevistaram, que a cooperação brasileira não se faz mediante a liberação de recursos financeiros, mas é dirigida às áreas de capacitação técnica e ao fortalecimento institucional: "ela se dá sempre a partir de demandas dos países recipiendários, que resultam em projetos específicos de cooperação técnica” – assinalou o Ministro Marco Farani. Aproveitou-se a oportunidade para assinar projetos previamente negociados e elaborados por instituições de ambos os países.
Autor: ABC
Fonte: Acordos e Atos Internacionais