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Brasil e FAO reforçam compromisso de continuidade das iniciativas de cooperação internacional
O compromisso se refere ao desenvolvimento de projetos internacionais de compartilhamento de experiências e boas práticas de tecnologias e políticas públicas brasileiras, com outros países do Sul Global, em temas variados relacionados, sobretudo, com o combate à fome e à pobreza.
Na última década, no âmbito do “Programa de Cooperação Sul-Sul Trilateral Brasil-FAO” , já foram desenvolvidas cerca de 30 iniciativas, com um aporte financeiro total de cerca de US$ 60 milhões em favor de cerca de 27 países da América Latina, Caribe e África.
O encontro com o Diretor-geral da FAO se deu às margens da 45ª Sessão Plenária do Comitê de Segurança Alimentar Mundial (CSA) que se realiza esta semana em Roma. Na ocasião, representantes das diferentes instituições brasileiras participantes ( MDS , FNDE , SEAD , MS , INCRA , CONSEA , CONTAG , entre outros) deram exemplos de projetos dos quais participam, destacando a importância da cooperação técnica, coordenada no Brasil pela ABC, para o fortalecimento nacional das próprias políticas brasileiras que são compartilhadas com outros países. “Por meio da cooperação, boas práticas saem do âmbito nacional e ganham dimensão global” , afirmou o Diretor-Geral da FAO.
O INCRA, em especial, agradeceu à ABC e à FAO pelo fortalecimento institucional que teria recebido de ambas instituições, o que permitira ao Instituto criar uma área internacional e assinar, em 2018, o seu primeiro projeto de cooperação técnica internacional financiado 100% pelo INCRA. Trata-se da iniciativa “Apoiar o fortalecimento da governança responsável da posse de terra na América Latina e o Caribe” , que promoverá atividades de implementação das Diretrizes Voluntárias sobre a Governança responsável da posse da terra, da pesca e das florestas na região.
Além da carta de intenções, o Brasil assumiu o compromisso de elaborar um documento que reúne as principais ações já desenvolvidas pelo governo brasileira que se relacionam com a “Década de Ação das Nações Unidas para a Nutrição”. Representantes do MS e do MDS citaram alguns exemplos de ações que já estão em curso no Brasil. Para o Diretor da FAO, este documento serviria como referência para países que querem desenvolver alguma política, mas ainda não conseguiram dar este passo.
José Graziano destacou ainda as políticas brasileiras de alimentação escolar e das compras públicas de agricultura familiar, promovidas no âmbito do Plano Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) promovido pelo FNDE, se referindo aos projetos de cooperação técnica que compartilham o PNAE com outros países como o “Programa Estrela” da cooperaçao brasileira. O Diretor chamou atenção, de toda forma, para a necessidade de enfrentamento, também no Brasil, do fenômeno da obesidade, que merece atenção especial e o desenvolvimento de políticas públicas específicas.
Em suas palavras, o Diretor da ABC, Embaixador Ruy Pereira, reafirmou a disposição da Agência em continuar trabalhando, em conjunto com os diversos parceiros, para o desenvolvimento de projetos em prol do desenvolvimento internacional. “Trabalhamos pelos povos e é isto que nos move” , concluiu.
Autor: Janaina Plessmann/ Agência Brasileira de Cooperação (ABC)