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Brasil contribui para aumento da produtividade do algodão no Malaui e em Moçambique
Realizou-se, de 2 a 6 de julho, em Maputo, Moçambique, o 5º Comitê de Coordenação do “Projeto regional de fortalecimento do setor algodoeiro nas Bacias do Baixo Shire e Zambeze” , com o objetivo de discutir os resultados alcançados e os próximos passos da iniciativa. Participaram do evento especialistas da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) , o Embaixador do Brasil em Moçambique, Rodrigo Baena Soares, e os técnicos responsáveis pelo projeto nos dois países.
O projeto é desenvolvido por meio de uma parceria entre a ABC, a Embrapa e os governos do Malaui e de Moçambique, e conta com financiamento do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) .
Bons resultados
O produtor de algodão moçambicano, Daniel Malacha, já desfruta dos bons resultados, frutos dos novos conhecimentos adquiridos com o projeto. Colheu, recentemente, cerca de 4,5 toneladas do produto em uma área de 1,5 hectares, quantidade seis vezes maior que a média nacional. O Coordenador-Geral de Cooperação Técnica na África, Ásia e Oceania da ABC, Nelci Caixeta, comemorou: “É impressionante o rendimento desses produtores. Com a assistência técnica pontual e permanente o resultado é um sorriso estampado nos rostos. Uma colheita cinco vezes maior que a média nacional é impressionante!” .
Para o Embaixador do Brasil em Moçambique, Rodrigo Baena Soares, o projeto é uma das atividades mais bem-sucedidas da cooperação brasileira: “Os produtores assistidos na primeira fase do projeto conseguiram duplicar seus rendimentos, com mais de 2 toneladas por hectare, contra a média regional que é inferior a 500 quilos por hectare” .
Além dos resultados positivos, em sua fase final – mais de 81% das atividades previstas já foram realizadas -, a iniciativa deverá superar alguns desafios, como a realização de estudos para levar a iniciativa a outras regiões dos dois países e a implementação de uma biofábrica de produção de bactérias para o controle das pragas do algodoeiro.
O projeto, que começou em 2015, tem como meta contribuir com o aumento da produtividade do algodão nos dois países, por meio da ampliação da capacidade institucional e de recursos humanos nacionais (pesquisadores, extensionistas e produtores-líderes do Malaui e de Moçambique), na utilização e difusão de tecnologias mais modernas de produção do algodão, em pequenas propriedades.
De acordo com o Ministro da Agricultura de Moçambique, a produção do algodão no país envolve cerca de 250 mil famílias, daí a importância das iniciativas de capacitação e de compartilhamento de boas práticas, promovidas pela cooperação brasileira.
Durante o encontro do Comitê de Coordenação, levantou-se a necessidade de se realizar, nos dois países atendidos, treinamentos sobre técnicas seguras de descarte das embalagens de pesticidas, além da reforma e construção de galpões de armazenamento. Também ficou definido que a Embrapa apoiará a instalação de um sistema de irrigação para a produção. O próximo encontro do Comitê está marcado para acontecer de 26 a 30 de novembro, em Brasília.
Autor: Comunicação/ Agência Brasileira de Cooperação (ABC)