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Brasil amplia pauta de cooperação com o Mali
Realizou-se, entre os dias 20 e 24 de agosto, no Mali, uma missão de negociação de um novo projeto de cooperação técnica Brasil-Mali, na área de solos. A delegação brasileira contou com representantes da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e da Universidade Federal de Lavras (UFLA) .
Na cidade de Bamako, os brasileiros se reuniram com especialistas da Companhia Malinesa de Desenvolvimento Têxtil (CMDT, na sigla em francês) para discutir os principais desafios enfrentados pelo Mali no setor algodoeiro, um dos mais importantes do país em termos de produção agrícola. Entre as fragilidades identificadas, está a diminuição da produção por hectare, a pressão demográfica, a degradação e a dificuldade de reposição mineral dos solos.
Segundo o Diretor-Geral da CMDT, atualmente, cerca de 4 milhões de pessoas dependem do setor algodoeiro no Mali, mas apenas 703 mil hectares são destinados à esse cultivo. Como não é possível ampliar a área destinada à produção de algodão no país, é necessário aumentar a produtividade por hectare, razão pela qual esta nova iniciativa de cooperação técnica se concentrará em melhorar a qualidade dos solos no país
A equipe brasileira também realizou visitas as comunidades de Bandiagara e Siani, sugeridas pela CMDT para receber as intervenções do futuro projeto de cooperação. De acordo com os líderes locais, a principal dificuldade dos produtores é a queda da fertilidade dos solos, devido à erosão causada pelos ventos e chuvas, e a acidez dos campos, condições agravadas pelas mudanças climáticas.
Com as informações recolhidas em campo, os representantes brasileiros e a CMDT puderam desenhar as bases do futuro projeto, que é complementar a outras iniciativas de cooperação técnica no país, por meio das quais têm-se o objetivo último de aumentar a produtividade algodoeira no Mali. A expectativa é de que a iniciativa possa ser iniciada ainda este ano.
Entre outras iniciativas da cooperação técnica Brasil-Mali, destaque para o projeto “ Fortalecimento tecnológico e difusão de boas práticas agrícolas para o algodão em países do Cotton 4 e no Togo ”, que já se encontra em sua segunda fase de execução.
Autor: Comunicação/ Agência Brasileira de Cooperação (ABC)