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Bombeiros militares brasileiros resgatam vítimas do Ciclone Kenneth em Moçambique.
Neste domingo (28), profissionais da Força Nacional Nacional de Segurança Pública (FNSP) realizou o salvamento de 50 famílias, cerca de 250 pessoas, em ações de assistência às vítimas do Ciclone Kenneth. Hoje, a FNSP para Macomia, a cidade mais afetada. De modo semelhante, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMGG) já resgatou pelo menos 100 pessoas e segue o trabalho de busca em Pemba, capital de Cabo Delgado, Moçambique.
Grupo de 30 bombeiros brasileiros deslocou-se da Beira a Pemba em 27/4 para resgate e salvamento nas áreas afetadas pelo ciclone Kenneth. O ciclone e as chuvas que se seguiram deixaram, até hoje (29) ao menos 38 mortos. Há previsão de chuvas fortes até o final da semana. Equipe de 10 bombeiros brasileiros segue na Beira, nas ações de resposta ao ciclone Idai, em atenção às demandas do governo e agências da ONU.
Logo no início da manhã de sábado (27/04/2019), dois profissionais da FNSP e dois do CBMMG deslocaram-se da Beira a Pemba, em voo comercial, para apoiar o governo moçambicano e as agências do sistema ONU nas primeiras avaliações do impacto do ciclone tropical Kenneth em Cabo Delgado, no extremo norte do país. No final daquele mesmo dia, outros 26 bombeiros brasileiros, 12 da FNSP e 14 do CBMMG, chegaram a Pemba, em voo do Escritório das Nações Unidades para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês).
A destruição causada pelo ciclone Kenneth, que já em sua chegada (26/05/2019) teria deixado um morto e destruído casas em Cabo Delgado, principalmente no distrito de Macomia e na Ilha do Ibo, somaram-se rapidamente outras 22 vítimas fatais, em decorrência das fortes chuvas que caem incessantemente desde o sábado. Até o momento, além de 38 mortos, o ciclone e as chuvas que se seguiram já teriam destruído cerca de 31 mil casas e duas pontes. Não há notícia de brasileiros entre as vítimas ou entre os que perderam suas casas.
Nesse cenário, os 30 bombeiros brasileiros em Pemba, única equipe internacional especializada em resgate e salvamento, têm sido empregados, desde a manhã de sábado, em missões que ganham destaque na mídia nacional e estrangeira. De acordo com o OCHA, equipe sul-africana de resgate e salvamento deve chegar ao local amanhã (30/04/2019), com pelo menos oito botes salva-vidas. Com a previsão de que as chuvas continuem ao longo da corrente semana, ainda serão necessários alguns dias para que se tenha a dimensão precisa do impacto desse novo desastre natural sobre Moçambique.
O grupo de 10 bombeiros brasileiros que permaneceu na Beira em ações de resposta ao ciclone Idai, segue, por sua vez, empenhado em atividades diárias de abertura de estradas e reconstrução de edificações, com fizeram com o telhado do Hospital Central da Beira, em atenção às demandas do governo moçambicano, em coordenação com as agências do sistema ONU.
Desde 01/04, as ações humanitárias do Brasil em Moçambique já beneficiaram mais de 30.000 vítimas do Ciclone ldai com a distribuição de cestas básicas e vacinas; a desobstrução de vias de acesso em lugares remotos; a construção de duas pontes e barracas para desabrigados, entre outras atividades. Composta por 40 bombeiros militares da Força Nacional de Segurança Pública e do Corpo de Bombeiros Militar do estado de Minas Gerais, a resposta humanitária brasileira à Moçambique é coordenada pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores.