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Alimentação escolar é tema de encontro em Angola
A responsável pela cooperação Sul-Sul trilateral com organismos internacionais da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Cecília Malaguti, reuniu-se, na manhã de 25/5, com o Embaixador Carlos Sardinha Dias, Diretor de Cooperação Internacional do Ministério das Relações Exteriores (MIREX) de Angola e com o Chefe de Escritório do Programa Mundial de Alimentos (PMA) em Luanda, José Ferrão, para discutir possível parceria em alimentação escolar.
A Sra. Malaguti fez um breve histórico sobre a criação - e atuação - do Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (CdE/PMA), em Brasília. O Centro, criado e financiado pelo Governo brasileiro, é um dos parceiros mais atuantes na implementação de ações de cooperação Sul-Sul trilateral em alimentação escolar, contribuindo com outros países em desenvolvimento no avanço das políticas públicas de segurança alimentar.
Domingos Cunha, oficial de programas e política do Escritório do PMA em Luanda, disse que o Governo de Angola mostrou-se interessado em entender todo o processo de implementação do Centro de Excelência no Brasil porque também tem interesse em criar um CdE no país. “Temos todas as condições técnicas e logísticas para a criação de um CdE aqui” , afirmou.
Quanto ao programa de alimentação escolar brasileiro, a Sra. Malaguti reforçou que a ABC não financia programas em outros países, mas fornece todo o apoio para a estruturação, metodologia para sua implementação, além do uso de ferramentas de apoio e monitoramento de qualidade, como é o caso de um aplicativo desenvolvido pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que monitora, por exemplo, a qualidade das refeições oferecidas nas escolas.
Já o chefe de cooperação multilateral do MIREX, José Daio, disse que acha muito interessante a possibilidade de criar um CdE em Angola. “O Brasil é um super país e acreditamos que temos muito a aprender com as experiências de vocês” , completou.
Visitas Virtuais
Outro recurso lembrado por Malaguti foi o “Visita de Estudos Virtual: Brasil”, criado em face da pandemia de COVID-19 no âmbito da parceria entre a ABC, o FNDE e o CdE/PMA. A visita virtual tem oito módulos e serve como alternativa digital para simular uma visita presencial ao Brasil e apresentar as principais políticas na área da alimentação escolar implementadas no País. O objetivo é transmitir pontos fundamentais da experiência brasileira em alimentação escolar. Os representantes angolanos foram convidados a enviar formalmente mnifestação de seu interesse em realizarem a visita virtual.
Saúde
Segundo a diretora nacional da educação pré-escolar e primária do Ministério da Educação de Angola, Soraya Kalongela, o Programa de Merenda Escolar, implementado pelo Ministério de Ação Social, da Família e de Promoção da Mulher tem enfrentado desafios, já que os recursos não são suficientes para atender a todas as crianças e escolas angolanas. Por isso, surgiu a ideia de conhecer mais profundamente o programa de alimentação escolar brasileiro, que inclui os agricultores familiares na compra de alimentos para as escolas. “Gostaríamos que o programa de alimentação escolar angolano fosse uma política que trabalhasse a alimentação e a saúde, com incentivo à produção local de alimentos” , disse."