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ABC participa do Dia Mundial do Algodão 2020
Mais uma importante data do calendário de eventos de 2020 está sendo celebrada remotamente por países de todo o mundo. A celebração é dedicada a uma das commodities que mais dinamizam o meio agrícola e a economia no globo: o algodão.
Hoje é o Dia Mundial do Algodão (World Cotton Day - WCD), data lançada oficialmente no dia 7 de outubro de 2019, em Genebra, na Suíça, durante evento organizado pela Organização Mundial do Comércio (OMC) .
A data comemorativa é resultado de um pedido do “Cotton-4” (Benim, Burkina Faso, Chade e Mali), conjunto de países africanos produtores de algodão, às Nações Unidas para o estabelecimento do Dia Mundial do Algodão, com o objetivo de provocar, a cada ano, uma reflexão abrangente sobre a importância do algodão como mercadoria global.
A celebração do Dia Mundial do Algodão na OMC é apoiada pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) , o Centro Internacional de Comércio (ITC) e o Comitê Consultivo Internacional para o Algodão (ICAC) .
A data pretende dar visibilidade e reconhecimento ao algodão e a todos aqueles que atuam na produção, processamento e comércio da fibra; envolver prestadores e beneficiários de cooperação e fortalecer a assistência ao desenvolvimento do algodão; buscar novas parcerias com o setor privado e investidores para indústrias e produções relacionadas ao algodão nos países em desenvolvimento; e, por fim, promover os avanços tecnológicos, com mais pesquisa e desenvolvimento sobre o algodão.
O Algodão
O setor algodoeiro tem papel importante na economia mundial como um produto agrícola. Mais de 100 milhões de famílias estão envolvidas na produção da fibra. Além de fornecer matéria-prima para a indústria têxtil, na indústria alimentícia o algodão fornece subprodutos com alto teor de óleos e proteínas.
A produção global de algodão, segundo o Comitê Consultivo Internacional do Algodão (CCIA) , é estimada, para a safra 2019/20, em 26,2 milhões de toneladas, com uma produção atualmente prevista de 25,2 milhões de toneladas para 2020/21 - uma redução de 4% à medida que a área de cultivo global diminui devido aos preços internacionais mais baixos.
Cooperação Bilateral
O programa de cooperação brasileiro para o desenvolvimento da cotonicultura em países em desenvolvimento tem hoje em execução projetos de cooperação técnica nas modalidades bilateral e trilateral.
Na cooperação bilateral, dentre os 18 projetos na África, destacam-se duas iniciativas:
O projeto Shire Zambeze, executado em parceira com os governos de Moçambique e do Malaui. A iniciativa ampliou a capacidade institucional e de recursos humanos nacionais (pesquisadores, extensionistas e produtores líderes do Malaui e de Moçambique) na adaptação e difusão de tecnologias de produção do algodão em pequenas e médias propriedades. Desde sua assinatura, o projeto vem contribuindo para o aumento da produção de algodão nos países, com produção de sementes de qualidade, certificadas, assim como reforçando as capacidades institucionais das entidades nacionais parceiras;
O Centro de Difusão de Tecnologias Algodoeiras de Catuti, cidade ao norte do Estado de Minas Gerais, no Brasil, que faz parte do “Projeto de Aperfeiçoamento de Técnicos Africanos em Cotonicultura”. O empreendimento, em fase de conclusão, é obra financiada pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE) com o apoio do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com a Associação Mineira de Produtores de Algodão (AMIPA) , a Cooperativa de Pequenos Produtores de Catuti (Coopercat), a Prefeitura Municipal de Catuti e a Universidade Federal de Lavras (UFLA) .
O Centro oferecerá treinamentos a agricultores brasileiros e de quinze países africanos com os quais o Brasil faz cooperação técnica no setor. Também serão atendidos os países latino-americanos e caribenhos ligados a projetos de cooperação técnica Sul-Sul trilateral com organismos internacionais.
Cooperação Trilateral
Já na cooperação Sul-Sul trilateral, encontram-se em execução, em parceira com diferentes agências especializadas das Nações Unidas, 4projetosregionais e 15 projetos-país que visam ao fortalecimento do setor algodoeiro da África e da América Latina, a exemplo do projeto +Algodão, desenvolvido em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em sete países da América Latina e do Caribe (Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Haiti, Paraguai e Peru).
Além da FAO, o Governo brasileiro estabeleceu iniciativas trilaterais com o Programa Mundial de Alimentos (PMA) , para apoiar os pequenos produtores de algodão e as instituições públicas de 4 países africanos (Moçambique, Quênia, Tanzânia e Benin) no escoamento da produção dos subprodutos do algodão e de produtos advindos da produção consorciada de algodão; com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) , para promover o trabalho decente em países produtores de algodão na África e na América Latina (Paraguai, Peru, Mali e Moçambique); e com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), buscando melhorar a efetividade e a transparência dos sistemas de registro de agrotóxicos dos países cotonicultores da América Latina e Caribe.
Evento em 2019
No ano passado, a OMC realizou um evento presencial em sua sede, em Genebra, para o lançamento oficial do Dia Mundial do Algodão, além da troca de experiências entre diversos países envolvidos com a fibra. Na ocasião, foram realizados eventos paralelos e uma exposição com países produtores de algodão no mundo.
A Agência Brasileira de Cooperação (ABC) participou com uma delegação de especialistas em projetos de cooperação técnica, nas modalidades bilateral e trilateral. A Agência marcou presença na exposição com um estande no qual foram apresentados, por meio de mesa interativa, todos os projetos de cooperação técnica desenvolvidos pelo Brasil em 22 países produtores de algodão da África, América Latina e Caribe.
Saiba como foi a participação da ABC no WDC 2019 aqui:
Autor: Claudia Caçador