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ABC participa do Dia Mundial do Algodão
A Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE), desenvolve, há 10 anos, Programa Brasileiro de Cooperação Técnica Sul-Sul para o Setor Algodoeiro, envolvendo 25 países, em 28 iniciativas bilaterais e trilaterais, que tem contribuído para o fortalecimento da cadeia produtiva de algodão e da economia dos países parceiros.
Estima-se, segundo a FAO, que 100 milhões de agricultores familiares em 80 países dependem diretamente da indústria do algodão, e as mulheres desempenhando um papel fundamental na cadeia de valor. A commodity é conhecida por apoiar as economias de muitos países emergentes e de baixa renda. Em 2021, a produção mundial de algodão foi avaliada em cerca de US$ 50 bilhões, enquanto o comércio mundial foi avaliado em US$ 20 bilhões.
Para a FAO, o algodão desempenha um papel importante no desenvolvimento social e econômico, no comércio internacional e no alívio da pobreza e, portanto, contribuiria para o alcance da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. No entanto, o setor enfrenta inúmeros desafios de mudanças climáticas, pragas e doenças, a pandemia de COVID-19 e a desaceleração econômica global em andamento, entre outros problemas. A volatilidade dos preços de mercado também atingiu fortemente o setor.
QU Dongyu, Diretor-Geral da FAO, fez o discurso de abertura, seguido pelo discurso do Ministro do Comércio e Indústria da República do Chade, S.E. Ali Djadda Kampard. Participaram ainda Ministros da Ásia, África e da América Latina, assim como representantes e alto nível da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), do Centro de Comércio Internacional (ITC), da Organização Mundial do Comércio (OMC) e do Comitê Consultivo Internacional do Algodão (ICAC).
O tema do Dia Mundial do Algodão 2022 se concentra em como a inovação e a tecnologia podem impulsionar soluções para os desafios enfrentados pelo setor, fomentar a sustentabilidade na cadeia de valor do algodão e criar novas oportunidades de mercado para os produtores de algodão, principalmente os pequenos agricultores.
Um painel temático, co-organizado pelo Brazil, FAO e OMC, apresentou "Inovações e Mercados para o Algodão Sustentável na África e América Latina: Contribuições da Cooperação Sul-Sul". O economista-chefe da FAO, Máximo Torero Cullen, fez o discurso de encerramento.
Cooperação brasileira
Por meio da cooperação bilateral Sul-Sul, o "Programa Brasileiro de Cooperação Técnica Sul-Sul para o Setor Algodoeiro" beneficia, além do Brasil, 17 países da África (Benim, Burundi, Burkina Faso, Cameroun, Chade, Côte d’Ivoire, Etiópia, Mali, Moçambique, Malawi, Quênia, Tanzânia, Togo, Senegal, Sudão, Zâmbia e Zimbábue) e um país da Ásia (Paquistão). Na cooperação trilateral Sul-Sul, o Brasil atua em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Programa Mundial de Alimentos (PMA) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com os quais desenvolve projetos na África, na América Latina e no Caribe, nos seguintes países: Argentina, Benim, Bolívia, Colômbia, Equador, Haiti, Mali, Moçambique, Paraguai, Peru, Quênia, Tanzânia e Zimbábue.
Com mais de USD 45 milhões investidos, 25 mil pessoas envolvidas em diversas iniciativas, pelo menos 400 missões e 189 dias de campo realizados, o Programa instalou mais de 260 parcelas de demonstração na América Latina e cerca de 300 hectares foram habilitadas na África. Saiba mais sobre a cooperação brasileira no tema, aqui. Assista a vídeo comemorativo dos 10 anos do Programa, aqui.