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A cooperação internacional é motivo de debate no Seminário de Política Externa
A parceria dos países no cenário de intensa globalização e de diversos desafios, como a fome, a violência, o acesso à informação, foi motivo das exposições dos palestrantes do painel "O Brasil e a Cooperação Internacional para o Desenvolvimento”, do segundo dia do Seminário de Política Externa Brasileira, promovido pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Publicado em
01/01/2014 00h00
Atualizado em
05/07/2024 17h15
O Embaixador Fernando José Marroni de Abreu, Diretor da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), expôs as principais agendas da política brasileira de cooperação internacional. Ao todo, são quatro principais áreas em que o Brasil se engaja: cooperação técnica, humanitária, educacional e contribuição a organismos internacionais.
Abreu destacou a cooperação Sul-Sul, responsável por desenvolver parcerias entre o Brasil e países da América do Sul, Central e do Caribe. Esta zona constitui-se em um "elemento novo da agência externa brasileira e do cenário internacional. Nossa diplomacia é fundamentada na solidariedade, na ação em resposta às demandas dos países em desenvolvimento, no reconhecimento da experiência local e na adaptação da experiência brasileira, com um grande diferencial: sem impor condições e sem associação com interesses comerciais ou de lucro. Isso significa dizer que nós não interferimos nos assuntos domésticos, mesmo que tenhamos fornecido qualquer tipo de cooperação. O nosso modelo opera com princípios de respeito às soberanias nacionais”.
As conquistas do Brasil na área da agricultura, saúde, meio ambiente e em programas de inclusão social são as principais atividades de compartilhamento das instituições brasileiras para diferentes regiões do mundo. "A prioridade da cooperação da política externa brasileira está com foco na América Latina e na África. Hoje o Brasil tem cooperação com 95 países, e só na região do Sul são mais de trinta nações. Na expansão das atividades para países semelhantes, os países africanos de língua portuguesa têm prioridade da nossa cooperação”.
Helder Mutéia, representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), afirmou que "o trabalho da FAO no Brasil está focado na eliminação da fome, da desnutrição, e da pobreza. Hoje nós temos um bilhão de pessoas passando fome no mundo. É uma situação que não dignifica a condição humana. No conforto de Brasília e de São Paulo muita gente não tem a dimensão exata de que tipo de fome nós estamos falando. Nós estamos falando de uma fome que dói e mata. Mas o Brasil criou bases sólidas na agricultura e, principalmente, na agricultura familiar, por isso, estamos aqui para ajudar e aprender".
"Nós temos condições climáticas e geográficas para ajudar o mundo. A cooperação Sul-Sul é uma janela de oportunidades para que possamos trabalhar”, afirmou a deputada Jaqueline Roriz (PMN/DF), que coordenou a mesa de debate.
Fonte: Assessoria de Imprensa - CREDN
Foto: Richard Silva
Data: 19/09/2012
Link: http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/credn/noticias/a-cooperacao-internacional-e-motivo-de-debate-no-seminario-de-politica-externa
Autor: ABC
Fonte: Cooperação Técnica Internacional