Cooperação do Brasil para o Exterior (cooperação Sul-Sul - CSS)
A cooperação técnica do Brasil para o exterior, comumente chamada de cooperação Sul-Sul (CSS), desenvolve-se em resposta a demandas recebidas de governos estrangeiros, por canais bilaterais, ou via organismos internacionais com os quais o País mantenha programas de cooperação trilateral. Nessa vertente, as iniciativas podem ser bilaterais, trilaterais ou com blocos de países.
Quando recebida a demanda, a ABC consulta instituições públicas e privadas brasileiras para verificar a disponibilidade e o interesse em compartilhar o seu conhecimento técnico com o país solicitante. Em seguida, iniciam-se as etapas para a elaboração do projeto. O compromisso principal do Brasil é compartilhar boas práticas e experiências exitosas para que o outro país adapte e construa as suas próprias políticas e reforce suas capacidades institucionais.
Na CSS, não é necessário investir grandes recursos financeiros para alcançar excelentes resultados para todas as partes envolvidas. O país parceiro, ao adaptar o conhecimento transferido à sua realidade, está garantindo a sustentabilidade futura das suas próprias ações.
A ABC acumula a realização de cerca de 3.000 projetos de CSS, em pelo menos 108 países com a participação de mais de 120 instituições brasileiras, públicas e privadas, reconhecidas por sua excelência técnica e/ou com experiência comprovada em resultados que contribuem para o desenvolvimento econômico e social.
A Agência também opera por meio de alianças estratégicas com países desenvolvidos. É a chamada cooperação trilateral, por meio da qual os recursos de um parceiro desenvolvido são combinados com a experiência brasileira para aplicação conjunta com um país em desenvolvimento.
Além disso, a ABC conta com parcerias com 45 organismos internacionais e blocos de países. A cooperação técnica do Brasil para o exterior vale-se da capacidade instalada de instituições nacionais especializadas. Tem como principais características:
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Atua em três segmentos: bilateral, trilateral e com grupos de países;
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Ação em resposta a demandas de países em desenvolvimento;
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A resposta tem base nas diretrizes da política externa e leva em conta os interesses específicos das instituições brasileiras cooperantes;
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As iniciativas têm foco no desenvolvimento de capacidades humanas, institucionais e produtivas;
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Não há transferência direta de recursos financeiros ao país parceiro, mas sim compartilhamento de conhecimentos e experiências de políticas públicas bem-sucedidas no Brasil;
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Entre os princípios da cooperação brasileira, estão a horizontalidade, a neutralidade, a não-condicionalidade e os benefícios mútuos.