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MIDR e IF Baiano assinam parceria para instalação de centro de tecnologia e de viveiros de produção de mudas para o Baixio do Irecê
“Não é justo só a grande agricultura empresarial ter acesso às tecnologias mais modernas do mundo e a agricultura familiar ficar de lado. Sem tecnologia, não tem como a agricultura familiar diminuir as perdas de produção e os custos de produção e de logística”, destacou o ministro Waldez Góes (Foto: Márcio Pinheiro/MIDR)
Brasília (DF) – O ministro Waldez Góes assinou, nesta quinta-feira (24), protocolo de intenções entre o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IF Baiano) para a realização de ações com foco no fomento à agricultura familiar no Projeto de Irrigação Baixio do Irecê, na Bahia. Por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), o MIDR irá conceder dois lotes irrigáveis ao instituto, nos quais serão implantados um Centro de Transferência de Tecnologia em Irrigação e viveiros para produção de mudas de espécies nativas (aroeira e angico) e plantas cítricas, além de outras culturas que possam ser inseridas no perímetro irrigado.
“Não é justo só a grande agricultura empresarial ter acesso às tecnologias mais modernas do mundo e a agricultura familiar ficar de lado. Sem tecnologia, não tem como a agricultura familiar diminuir as perdas de produção e os custos de produção e de logística”, destacou o ministro Waldez Góes. “O presidente Lula tem dado um grande exemplo em todas as áreas e é por isso que estamos aqui, pois a irrigação pode dar uma contribuição imensa para este país. A partir do momento que somos desafiados pela mudança climática, os eventos extremos, entre eles a estiagem, estão recorrentes, então temos que nos adaptar e criar resiliência e, para isso, a irrigação é fundamental”, completou.
O ministro Waldez Góes destacou que o País ainda tem um longo caminho a percorrer em relação à agricultura irrigada. “O Brasil tem potencial para 55 milhões de hectares para trabalhar com irrigação e não irriga hoje nem oito milhões”, apontou. “Nós temos uma caminhada muito longa pela frente com o Norte, com o Nordeste, com o Brasil Central e tantas outras regiões, então temos que apostar nela mesmo”, enfatizou Góes, lembrando que é uma recomendação do presidente Lula que todos os ministros façam uma gestão de aproximação com trabalhadores e trabalhadoras, com a sociedade civil organizada, que é quem produz emprego e renda, além de prefeitos, deputados e senadores que representam os estados e municípios.
“Com certeza hoje é um dia fundamental, pois o Governo Federal, por meio do ministro Waldez Góes, está firmando uma parceria que vai ser excelente para os municípios próximos da região.”, comentou o diretor-presidente da Codevasf, Marcelo Moreira. “O Baixio do Irecê será um novo vetor de desenvolvimento da Bahia. Daqui vai sair grande parte da alimentação, tanto para o povo baiano quanto para os estados vizinhos. Se tudo der certo, vamos fazer igual ao que Petrolina (PE) está fazendo hoje, que é exportar uva e manga a partir do trabalho dos irrigantes e agricultores”, concluiu.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, destacou o apoio do Governo Federal ao desenvolvimento do estado. “Eu, na condição de governador, quero agradecer o ministro Waldez pelas quatro vezes em que ele esteve aqui na Bahia, assinando ordens de serviço, fazendo entregas, se comprometendo com o bem-estar do povo do nosso estado”, afirmou.
Considerado o maior projeto de irrigação da América Latina e dividido em nove etapas, o Baixio do Irecê, localizado entre os municípios de Xique-Xique e Itaguaçu da Bahia, já iniciou suas atividades produtivas.
As etapas 1 e 2, implantadas pela Codevasf, receberam financiamento de R$ 100 milhões por parte do Banco do Nordeste, entre recursos para empresários e pequenos produtores, correspondendo a uma área de 1,8 mil hectares que já está em início de produção. Atualmente, há 1 mil hectares com plantação de milheto para incorporação no solo; 20 hectares de citrus (limão-taiti), consorciado com melancia e abóbora; e 80 hectares de feijão, dos quais 40 hectares já foram colhidos.