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MDR promove conferência para que produtores da Rota do Açaí compartilhem experiências
De acordo com o Censo Agropecuário realizado pelo IBGE)no ano de 2017 e publicado em 2019, o Pará foi responsável pela produção de 242 mil toneladas de açaí em 35,4 mil estabelecimentos rurais, respondendo por cerca de 60% da produção nacional (Foto: Divulgação)
Brasília (DF) – O Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), promoveu, nestas quarta (25) e quinta-feira (26), a 1ª Conferência Nacional da Rota do Açaí. O evento serviu para que os diferentes polos de produção da fruta pudessem trocar experiências e debater perspectivas para o futuro.
O diretor de Desenvolvimento Regional do MDR, Francisco Soares, destacou a importância do intercâmbio de informações entre as unidades espalhadas pelo País. Atualmente, há quatro polos instalados, sendo três no Pará (Baixo Tocantins, Marajó e Nordeste Paraense) e um no Amapá (Tucuju).
“Este é um evento de grande importância para mostrar realmente a capacidade dessa atividade, principalmente na região amazônica, e o MDR tem todo o interesse em apoiar o cultivo e beneficiamento de produtos provenientes do açaí. Estamos inteiramente à disposição para que possamos avançar cada dia mais nesse setor”, afirmou Soares.
De acordo com o Censo Agropecuário realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano de 2017 e publicado em 2019, o estado do Pará foi responsável pela produção de 242 mil toneladas de açaí em 35,4 mil estabelecimentos rurais, respondendo por cerca de 60% da produção nacional. Para a coordenadora do Polo Nordeste Paraense, Rosa Maria Alexandre da Silva, esse número reflete o potencial da região.
“As potencialidades são as grandes reservas de açaí, manejo com produção orgânica e agroecológica, área vocacionada para o cultivo de forma produtiva em várzeas e terra firme, existência de fornecedores de máquinas e equipamentos para beneficiamento do açaí artesanal. No contexto geral, nós ‘estamos bem na fita’ nesse quesito, que é um gargalo em outras regiões”, disse.
Rotas
As Rotas de Integração Nacional são redes de arranjos produtivos locais associadas a cadeias produtivas estratégicas capazes de promover a inclusão e o desenvolvimento sustentável das regiões brasileiras priorizadas pela Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR).
As rotas promovem a coordenação de ações públicas e privadas em polos selecionados, mediante o compartilhamento de informações e o aproveitamento de sinergias coletivas a fim de propiciar a inovação, a diferenciação, a competitividade e a sustentabilidade dos empreendimentos associados, contribuindo, assim, para a inclusão produtiva e o desenvolvimento regional.
A partir da identificação das potencialidades locais, o MDR, em conjunto com órgãos parceiros, associações e entidades locais, realiza um diagnóstico considerando questões como capacidade hídrica, energética, de escoamento da produção (rodovias, aeroportos, ferrovias e portos), capacidade de beneficiamento e produtiva.
Também é oferecido apoio técnico e de planejamento estratégico para estruturar e profissionalizar o trabalho dos agricultores, especialmente os pequenos produtores e familiares.
No momento, o MDR apoia as rotas do Açaí, da Biodiversidade, do Cacau, do Cordeiro, da Economia Circular, da Fruticultura, do Leite, do Mel, do Peixe e da Tecnologia da Informação e Comunicação.